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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Versos de um menino de rua





Constituição, a senhora diz que eu tenho direito à moradia.
Mas, eu sequer tenho onde dormir.
A senhora diz que eu tenho direito à vida,
mas eu sequer tenho o que vestir.

A senhora diz que eu tenho direito à educação,
mas eu sequer tenho o que comer.
E, estudar de barriga vazia,
não me faz aprender.

A igualdade perdida
desse sistema capitalista grita,
mas não é ouvida.

Os direitos sociais são pedaços de papel?
Então, queime-os na fogueira corrupta da indiferença,
atire-os no penhasco da desigualdade.
Nesse mundo, não há espaço para a lealdade.

Mas, eu ainda creio nas forças de suas normas, Constituição.
Eu ainda creio que um dia eu terei
tudo aquilo que a senhora me assegura.
Nesse dia, não estarei mais na rua.



Tatyana Casarino



*Poesia feita para um trabalho da faculdade de Direito sobre Direitos Sociais












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