Constituição, a senhora diz que eu tenho direito à moradia.
Mas, eu sequer tenho onde dormir.A senhora diz que eu tenho direito à vida,
mas eu sequer tenho o que vestir.
A senhora diz que eu tenho direito à educação,
mas eu sequer tenho o que comer.
E, estudar de barriga vazia,
não me faz aprender.
A igualdade perdida
desse sistema capitalista grita,
mas não é ouvida.
Os direitos sociais são pedaços de papel?
Então, queime-os na fogueira corrupta da indiferença,
atire-os no penhasco da desigualdade.
Nesse mundo, não há espaço para a lealdade.
Mas, eu ainda creio nas forças de suas normas, Constituição.
Eu ainda creio que um dia eu terei
tudo aquilo que a senhora me assegura.
Nesse dia, não estarei mais na rua.
Tatyana Casarino
*Poesia feita para um trabalho da faculdade de Direito sobre Direitos Sociais
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